Nos anos 1980 e 1990, as grifes passaram à frente das organizações e estamparam slogans e logomarcas nas camisetas, aproveitam-se da geração jovem que tomou conta dessas duas décadas: ricos e extremamente consumistas.
Os Yuppies (como eram chamados) foi a primeira geração de “jovens profissionais em ascensão”. Egocêntricos, materialistas e preocupados com o status, utilizavam a roupa para mostrar poder econômico e, por isso, a camiseta com logomarcas foram as mais aceitas. Quanto mais aparente a estampa da grife, melhor. No Brasil, entretanto, essa peça do vestuário tinha outra missão.
Com as eleições que levariam à presidência Fernando Collor de Mello, o então candidato expressava seus anseios e intenções através das camisetas. Fazia aparições públicas com frases de efeito estampadas, que chegavam a virar manchete de jornais. Um movimento que, unido aos “caras pintadas”, agiu para o impeachment do presidente, foi chamado de “descamisados”, em referência às camisas da campanha de Collor. Esse foi um fato que mudou a conduta e o significado das camisetas na política do país.